(18/12/2016) – O presidente executivo da Abimaq, José Velloso, elogiou o pacote de medidas de incentivo às médias, pequenas e microempresas anunciado na última terça-feira, 13, pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O pacote tem como principal objetivo simplificar, ampliar e tornar mais ágil para as MPEs o acesso ao crédito. De acordo com o banco, as medidas estão em consonância com as novas políticas operacionais da instituição, cujas regras serão divulgadas em detalhes no próximo mês de janeiro.
O plano de ação também visa, indiretamente, induzir a retomada do crescimento e a geração de empregos na área de MPEs. Para tanto, o BNDES adotará novos critérios para definir o percentual da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que passará a ser usada como uma ferramenta estratégica no sistema de financiamentos.
A ideia é de substituir a lógica setorial hoje em vigor pela avaliação de projetos a partir de seu potencial de impacto positivo nas dimensões econômica, social, ambiental e regional. O objetivo é garantir que a TJLP seja dirigida a investimentos com maior retorno social na utilização de recursos públicos. O impacto esperado é de um aumento de 20% nos desembolsos para as MPEs, um acréscimo de R$ 5,4 bilhões.
“As medidas vêm diretamente ao encontro de nossos pleitos”, comemorou Velloso, segundo quem uma das bandeiras históricas da Abimaq é a busca por melhores condições de financiamento para o setor de bens de capital, cuja grande maioria de empresas participantes é de pequeno ou médio porte.
Velloso elogiou principalmente a ampliação de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões do limite de enquadramento das MPEs, a disponibilização do BNDES Progeren na modalidade direta, a extensão do financiamento para até 80% nas TJLP dentro das modalidades BNDES Finame, BNDES Automático e BNDES Finem e o limite de até R$ 2 milhões no Cartão BNDES.
O reforço de R$ 2 bilhões para o Moderfrota e o refinanciamento dos saldos vencidos de operações contratadas com o BNDES são outras medidas consideradas bem vindas pela Abimaq, assim como o lançamento de um portal de relacionamentos na internet para o micro, pequeno e médio empreendedor.
“Com esse programa, o fabricante e o comprador de máquinas poderão saldar as suas dívidas e voltar a ter crédito, o banco repassador voltar a receber o saldo devedor e o próprio BNDES ver aumentado o retorno do financiamento efetuado, pois no refinanciamento os juros não serão subsidiados”, destacou o dirigente da Abimaq.
