São Paulo, 19 de maio de 2024

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19/11/2016

Ferrovias: antecipar concessões trará 32 bi em investimentos


(20/11/2016) – De 1997, quando tiveram início as concessões das ferrovias no País, a 2015, as concessionárias do setor de transporte ferroviário de cargas investiram cerca de R$ 50 bilhões. Para os próximos 10 anos, essas empresas pretendem investir outros R$ 32 bilhões.

Porém, com o objetivo de obter maior segurança jurídica para realizar estes investimentos, as concessionárias querem que o governo antecipe a renovação das concessões – que têm prazo de 30 anos. O governo parece disposto a atender a solicitação: a primeira audiência pública para discutir a renovação da concessão da malha ferroviária paulista operada pela Rumo (ex-ALL) foi marcada para a segunda quinzena de dezembro, segundo anúncio feito pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, durante a NT Expo 2016, realizada no início de novembro em São Paulo.

Para Vicente Abate, presidente da Abifer – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, é de fundamental importância para o setor que esta antecipação seja realizada. O dirigente lembra que as concessionárias são as principais responsáveis pelo ressurgimento da indústria ferroviária brasileira.

“Essa medida vai destravar os investimentos”, afirma Abate, destacando que as indústrias de material ferroviário estão preocupadas com 2017. “Nos últimos dez anos, nosso setor tem crescido continuamente, inclusive nos últimos anos quando os demais setores industriais enfrentaram retração”.

Em 2014 e 2015, a indústria nacional produziu cerca de 4.700 vagões de carga. Este ano, o volume deve cair para 4 mil, o que Abate considera uma acomodação natural – afinal, foram dois anos de patamares elevados. “O que nos preocupa é o próximo ano, quando – sem a antecipação das concessões – esse volume pode cair para 1.500 ou 2 mil vagões, volume insuficiente para manter os empregos do setor”, afirma, ressaltando que hoje a indústria de material ferroviário emprega mais de 20 mil pessoas.

Caso a primeira audiência seja realizada na data informada pela ANTT e a “repactuação” das concessões tenha o curso normal, Abate acredita que a primeira antecipação seja concluída ainda no primeiro trimestre de 2016. Esse fato, acredita, já poderia elevar a expectativa de produção de vagões para algo entre 3 mil e 3.500 em 2017. Em sua avaliação, a repactuação pode inclusive destravar a construção do anel ferroviário em São Paulo.

Abate se mostra otimista com as perspectivas futuras do setor. Ele lembra que, dos 34 projetos do PPI (Programa de Parcerias para Investimentos), de concessões para a iniciativa privada, anunciado em setembro passado, três são ferroviários: Ferrogrão, Norte-Sul (trechos) e Fiol (trechos). A publicação dos editais está prevista para o primeiro semestre de 2017. Esses três projetos irão acrescentar mais de 3 mil km à malha ferroviária atual.

O presidente da Abifer tem boa expectativa também no segmento de vagões para passageiros, em especial com as linhas de metrô em São Paulo. E ainda com a possibilidade de aprovação do Plano de Renovação de Frota do setor que hoje ainda conta com vagões com mais de 40 anos de operação. “A aprovação desse plano abriria vagas para mais 2 mil funcionários”, afirma.

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