(29/05/2016) – A Abimaq não acredita que a economia dê sinais de recuperação ainda em 2016. Para a entidade, as medidas até aqui anunciadas pelo governo itnerino priorizam apenas o ajuste das contas públicas.
“Há quem acredite que isso baste”, observa Mário Bernardini, diretor de Competitividade da Abimaq. Em sua opinião, “ao par de atuar no desequilíbrio das contas – que é necessário – deveria sinalizar simultaneamente com medidas que pudessem promover a retomada da economia”.
Essas sinalizações seriam, segundo Bernardini, “um cambio competitivo, com baixa volatibilidade, para exportar de forma séria”. Outra medida seria a oferta de capital de giro compatíveis com as necessidades das empresas, que estão quebradas. A retomada dos investimentos em infraestrutura de forma efetiva também contribuiria.
Além disso, frisa o diretor, o setor produtivo precisa de sinais de que a taxa Selic será reduzida. “Com a queda da inflação, a Selic já poderia ser cortada de imediato em três pontos”, afirma.
Bernardini lembra que as previsões de queda no PIB em 2016 estão mantidas. Já para os anos seguintes, as estimativas apontam crescimento: 1,5 em 2017 e 3% em 2018.
Pior quadrimestre da década – A entidade apresentou na semana passada o balanço do setor de máquinas e equipamentos no primeiro quadrimestre de 2016, aliás, o pior resultado registrado pela entidade na última década.
Entre janeiro e abril, o consumo aparente de máquinas no Brasil caiu 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida do setor foi 31% menor que o registrado no primeiro quadrimestre de 2015.
De acordo com a entidade, o dado mais preocupante é a queda de vendas no mercado interno que está num nível 50% menor que o registrado no ano passado.
