São Paulo, 18 de maio de 2024

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20/02/2016

Máquinas: indústria alemã prevê crescimento moderado

(*) Dietmar Altwig

(21/02/2016) – “O ano de 2016 será de crescimento moderado para a indústria alemã de máquinas-ferramenta”, disse com certo otimismo o presidente da VDW (Associação dos fabricantes de máquinas-ferramenta da Alemanha), Dr. Heinz-Jürgen Prokop, durante a conferência anual realizada no dia 11 de fevereiro em Frankfurt. Ele espera um volume de crescimento no ano de cerca de 1% sobre o total produzido ano passado.

A VDW chegou a essa estimativa com base em dois prognósticos. Primeiro, os investimentos planejados para 2016 pelos principais consumidores de máquinas, aí incluídos a indústria automobilística, a indústria eletroeletrônica, a de transformação e a de máquinas, que no final do ano passado sinalizavam crescimento no consumo de máquinas em torno dos 4% para esse ano. O segundo ponto considerado foram os dados sobre a entrada de pedidos firmes coletados junto aos associados da VDW. O crescimento no consumo mundial de máquinas-ferramenta deve ser de 4,2% para esse ano, sendo que a Europa vai puxar esse índice com crescimento de 4,6%, seguido da Ásia com 4,5% e dos Estados Unidos com 2,5%.

O ano de 2015 foi novamente um ano recorde para esse setor industrial na Alemanha, com crescimento de 4% em relação a 2014 e um faturamento de 15,1 bilhões de euros – sendo que desse valor 9,4 bilhões de euros foram exportados, ou seja, cerca de 70% do total. Contrariando as expectativas, a exportação para países europeus teve crescimento de 8% e a Ásia apresentou recuo de 5%, devido à instabilidade do mercado da China. Mesmo assim, esse país representa cerca de um quinto das exportações de máquinas da Alemanha.

Também cresceu em 2015 o número de trabalhadores no setor, que emprega atualmente 68.500 pessoas, um adicional de 1,5% sobre 2014. O volume de pedidos fixos gira em torno de 6,8 meses e a utilização da capacidade produtiva média dessas indústrias está em 88%.

Dificuldades – Porém o próprio Dr. Prokop alerta que o mercado deve se tornar mais difícil e com pouco poder de influência dos fabricantes. Países como a Rússia, com uma moeda fraca e um mercado dependente do preço do petróleo, o Brasil mergulhado em uma grave recessão, além da China com um crescimento menor e de algumas instabilidades geopolíticas, devem puxar para baixo o crescimento.

Ao mesmo tempo está se criando ao redor do mundo novas possibilidades de negócios como, por exemplo, a modernização da indústria de suporte ao gás e petróleo no Irã, bem como sua indústria automotiva. Outro país com um grande potencial para esse ano é o México, principalmente sua indústria automobilística e aeronáutica. O potencial de compra desse país é de 1,5 bilhão de euros, sendo que a industria alemã participa com 14% desse volume.

Finalizando o Dr. Prokop diz que, para permanecer competitiva a indústria alemã deve continuar apostando no desenvolvimento de novas tecnologias e principalmente oferecer ao mercado soluções que outros países fabricantes ainda não têm. Como palavra-chave ele cita a indústria 4.0, além disso, cada vez mais se fala na utilização de máquinas híbridas, que combina o processo de produção convencional com a “additive manufacturing”, que é a produção de peças por impressão 3D. Porém o emprego desse tipo de equipamento só é rentável se o cliente conseguir agregar valores adicionais ao processo de usinagem, que compensem o maior custo de produção. “Isso é realizável com certa facilidade na produção de lotes pequenos ou peças complexas, porém ainda é um desafio na produção de lotes médios e grandes”, disse o presidente da VDW.

(*) Colaboração de Dietmar Altwig, da Alemanha para o Usinagem-Brasil – Fonte: artigo publicado pela VDW (Verein Deutscher Werkzeugmaschinenfabriken)

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